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quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Sem Dizer Adeus

Quando te vi pela primeira vez, meu coração disparou, fiquei trêmula, sem voz, nem sabia porque estava ali. Você notou o meu embaraço, piscou o olho e sorriu. Começamos a namorar após alguns meses. Era uma louca paixão. Entre idas e vindas e outros amores passaram-se dez anos. Ele começou a viver na boemia. Resolvi por um fim. Fiquei dois anos sem dar notícias, não responder telefonemas, cartões, recados de amigos em comum, etc... Até que um dia resovi ligar para desejar feliz aniversário, pois havia acabado de chegar a sua cidade, quando uma voz do outro lado respondeu: "Não posso passar a ligação infelizmente." Eu perguntei o porque? Respondeu-me gaguejando: "Hoje é Missa de sétimo dia dela". Calei-me. Só chorei, chorei, chorei muito. Hoje sinto-me vazia, com uma dor profunda, uma dor tão doída que me corroi a alma. Um sentimento de culpa por não ter dito na hora certa o quanto eu o amava e sem poder ter dito adeus. O que faço com tanto amor guardado em meu peito? Cheguei ao limite de minha amargura e sofrimento. Espero que ele volte como uma borboleta aquarela para pousar em minha janela.

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